Facilidade ou Vulgaridade - Produtos Eróticos nas Suites

09/07/2010 15:38

Facilidade ou Vulgaridade

 
Apesar de toda a liberdade sexual dos dias atuais, alguns assuntos ainda são tabus. Sex shop, por exemplo, não é um lugar de confraternização social. Pouca gente fala sobre os produtos e acessórios vendidos nesse tipo de loja, apesar de não haver estatísticas sobre quantas pessoas utilizam. Mas se há tantos espalhados pelo Brasil, presume-se que o público não seja pequeno. Até mesmo nos motéis a questão é polêmica. Vender ou não vender esse tipo de produto? De que forma expor? E a vulgaridade, onde fica? Veja a opinião de quem entende do assunto.

Utilizamos vending machines para comercializar os produtos sensuais nas suítes, pois assim o cliente não precisa ligar para pedir, o que pode trazer algum constrangimento. Ele coloca o dinheiro e compra o que quiser com total liberdade, sem ter de contar a ninguém o que vai usar. Ainda não temos nas 80 suítes, mas já estamos providenciando.
Fátima Moniz – Motel Corpo a Corpo (SP)

Oferecíamos os produtos em um catálogo. Mas havia fotos vulgares na capa, o que acabava chocando os clientes. Da mesma forma que existem pessoas em busca de coisas diferentes ao ficar em um motel, há outras que vão só para o romance. E ambas devem ser respeitadas. Então trocamos os catálogos e hoje não há fotos na parte de fora. Além disso, o produto escolhido é solicitado por um código e não pelo nome. Continuamos vendendo, mas de uma forma discreta. Esse novo cardápio, inclusive, desperta a curiosidade. Só deixamos os cosméticos expostos.
Cristina Zatelli – Dallas Motel (SP)

Deixamos tudo à mostra na cabeceira da cama. Desde que inauguramos funciona dessa forma. Muitos clientes reclamam e se sentem constrangidos, mas o volume de vendas comprova que esse formato agrada a maioria dos nossos clientes. Eles não precisam pedir. É como uma saída de caixa de supermercados. O impulso e a proximidade acabam aumentando as vendas.
Robson Marinho – Motel Golf (SP)

Não vendo e nunca vendi. Sempre fui contra, mas como comerciante, até poderia vender. Imagino que se os produtos ficam no quarto podem trazer prejuízos. Podem ser abertos pelo cliente, que depois se recusa a pagar. O catálogo deve funcionar melhor. Essa matéria de O Moteleiro vai me ajudar a resolver a questão.
Roberto Nigro – Fox Trot Motel (SP)

Fazemos cardápios personalizados com os produtos que os motéis quiserem oferecer. Dessa forma, o cliente pode pedir pelo código, sem falar diretamente o que quer. Quando começamos, há dez anos, os moteleiros tinham mais receio de vender produtos sensuais. Então acreditávamos que somente o catálogo funcionava bem, porque a maioria dos motéis tinha medo da vulgaridade. Hoje, a tendência é uma mescla do catálogo com produtos em exposição.
Jaqueline Almeida – Menu dos Prazeres

A melhor forma de vender os produtos eróticos nos motéis é por catálogo, para que o cliente tenha facilidade na hora da escolha. Estamos há 11 anos neste ramo e notamos que o mercado moteleiro também se ajustou, agregando produtos eróticos como forma de aumentar o faturamento, sem aumentar os custos fixos.
Marcio Luiz Pereira da Silva – Power Sexy
 
Artigo da Revista O MOTELEIRO